Arquitetos skatistas aliam paixões e projetam pistas no Rio de Janeiro
O que um dia foi diversão virou coisa séria para Sylvio Azevedo e Bruno Pires. Os skatistas, que também são arquitetos, aliaram as duas paixões: são responsáveis por projetar pistas, como a Tatu Skate Park, no Parque Madureira, no Rio de Janeiro - a segunda maior do Brasil, com 3.850 metros quadrados.
A junção foi batizada pelo apresentador do"Zona de Impacto", Gabriel Moojen, de "skatetetura", a arquitetura do skate. Apaixonados pelo esporte, os arquitetos usam a experiência nas pistas a favor no trabalho e garantem: o conhecimento adquirido fora da sala de aula ou do escritório também ajuda muito.
- Uma pista de skate você não repete em todo lugar, como um campo de futebol, que segue um padrão. Você precisa de vivência e atualização do que está acontecendo na cena do skate para desenvolver um projeto - disse Bruno, 25 anos.
As duas coisas se completam. É preciso pensar em cada detalhe, também considerando aspectos como paisagismo e urbanismo, e levar em consideração os usuários, grupo no qual estão incluídos. Sylvio tem 36 anos, 25 de skate.
- É uma coisa pensada nos detalhes de arquitetura, no sentido da construção e da técnica, e do pensamento, da organização do espaço, de como as coisas têm que ser, de como ela têm que se integrar - explicou Sylvio.
O skatista Nilo Peçanha, 24 anos, aprova o trabalho da dupla. Ele considera um privilégio poder andar em pistas projetadas pelos amigos e, sempre que pode, dá algum palpite. Também não faltam elogios.
- Sempre dou um toque porque tenho viajado muito e vejo as pistas que estão fazendo em outros países. Eles estão indo muito bem. Madureira é o melhor Skate Park que andei na vida. Andar na rampa que meus amigos fazem é o maior prazer.
Os arquitetos/skatistas chamam atenção para a necessidade de manutenção das pistas, o que é considerado fundamental, principalmente para garantir a segurança dos praticantes do esporte.
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